CEOs da saúde reconhecem disfunção do sistema, mas soluções falham, diz especialista

 CEOs da saúde reconhecem disfunção do sistema, mas soluções falham, diz especialista

Em um artigo publicado online, o especialista em saúde Clemente Nobrega critica o uso do termo “saúde com base em valor” (VBHC) no contexto do sistema de saúde brasileiro. Segundo ele, o livro de Michael Porter, que inspirou esse movimento, é um estudo acadêmico excelente, mas maçudo e entediante. Nobrega argumenta que as propostas para “implantar VBHC” falham em abordar a raiz do problema: o fato dos processos de cuidado não serem projetados a partir de necessidades dos usuários. 

Nobrega afirma que CEOs da saúde finalmente reconhecem que o sistema suplementar está em colapso, mas as propostas para consertá-lo não funcionam. Ele defende uma mudança na dinâmica do sistema, onde valor para o usuário seja o centro das decisões. O provedor precisa produzir com custo cada vez mais baixo sem diminuir o benefício, ou o cliente irá embora. 

O especialista critica a falta de informação para o consumidor de saúde. Ele diz que, em outros setores, os produtos e serviços são automaticamente precificados com base em valor se os usuários podem fazer escolhas informadas sobre seu “custo-benefício”. Na saúde, isso não é possível. 

Nobrega propõe que a chave para a mudança é dar aos usuários o controle de seus dados de saúde e a exigência legal que os prestadores divulguem seus resultados. Essa é a base para um sistema transparente, eficiente e justo. 

Nobrega defende uma redefinição da saúde, com foco no valor para o usuário. Essa mudança exige a participação de todos os atores do sistema: usuários, provedores, governo e sociedade civil. 

Artigo original no LinkedIn:
https://www.linkedin.com/posts/clementenobrega_vbhc-porter-activity-7167506218591186944-9vZi?utm_source=share&utm_medium=member_desktop

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