Evento internacional discute como software pode ajudar a combater doenças raras de pulmão

 Evento internacional discute como software pode ajudar a combater doenças raras de pulmão

Financiado pelo governo do Reino Unido, por meio do concorrido Global Challenges Research Fund, no começo de março de 2020, a Mindify se juntou a lideranças médicas da Inglaterra, Argentina e Brasil para validar a necessidade e o potencial do uso de protocolos automatizados por Inteligência Artificial para ajudar no diagnóstico o tratamento de doenças raras. O resultado foi fenomenal!

Intitulado INKLUDE, o projeto tem como premissa ajudar médicos generalistas a desenvolverem raciocínios típicos de especialistas para o levantamento de suspeitas diagnósticas de doenças de pulmão, especialmente as raras. A premissa é que o paciente seja referenciado a um especialista enquanto sua patologia ainda esteja nos estágios iniciais. Sobre isso vários especialistas, generalistas e até mesmo representantes dos pacientes fizeram uma ampla discussão dos desafios do mundo real e propuseram estratégias para os mitigar.

Ficou claro que não somente Saúde brasileira, mas a Saúde mundial precisa se reinventar no sentido de acelerar a troca de conhecimento e melhorar os estressantes processos hospitalares. Foram citados casos onde os médicos chegam a perder 70% do seu tempo com burocracia, menos burocracia é mais tempo para o paciente.

Durante as discussões das possíveis soluções ficou absolutamente claro que a informatização é estritamente necessária, porém não nos moldes atuais. Softwares precisam se tornar proativos para ajudar toda a equipe de Saúde a tornar decisões e, acima de tudo, precisam reduzir sensivelmente a burocracia clínica.

Houve várias mesas de discussão e na presidida pelo Dr. Alexandre Biasi, Diretor do Instituto de Pesquisa do HCor, foram discutidos os desafios da informatização no Brasil, Inglaterra e Argentina. Vários médicos renomados desses três países participaram do debate e concordaram que boa parte dos médicos são conservadores quanto ao uso de softwares, que os hospitais usualmente têm infraestrutura de TI insuficiente, que faltam marcos legais para simplificar a adoção de softwares e que são necessárias novas fontes de financiamento para ajudar os hospitais a adotarem softwares.

A discussão não parou nos problemas, os próprios médicos citaram várias soluções que remetem à necessidade de um software otimizado, fácil de usar e que ajude na tomada de decisão dentro das particularidades de cada especialista, mesmo para os generalistas. Esse software ainda precisa ser de baixo custo e poder ser acessado de qualquer dispositivo, celular, computador e tablet. Com base nesses feedbacks é que o INKLUDE parte para a sua segunda fase, a elaboração deste software com foco em doenças raras de pulmão.

A plataforma selecionada pelo estudo é a Mindify e boa notícia é que ela já atende praticamente todos os requisitos sugeridos pelos médicos e pacientes durante a reunião. Logo, muito rapidamente podemos ajudar a Saúde global a lidar com essas doenças raras.

Agora o INKLUDE vai usar os aprendizados da reunião inicial para embasar a segunda rodada de financiamento do GCRF. Então, os fundos serão usados viabilizar para adição dos protocolos de doenças pulmonares na Mindify. Depois, o software será disponibilizado gratuitamente para hospitais públicos em regiões de baixa renda. Não temos dúvidas, os resultados serão incríveis.

Finalmente, em nome do time Mindify, agradeço a todos os participantes do evento, em especial o Dr. Ian Stewart e a Dra. Letícia Kawano-Dourado, assim como o Hospital do Coração de São Paulo (HCor), o , a Universidade de Nottingham e o Global Challenges Research Fund do Reino Unido pela visão de futuro e ação para mudar a Saúde mundial. Juntos vamos mudar a Saúde!

https://www.youtube.com/embed/PWTV8mZzy48
Veja o resumo do evento neste vídeo de 2 minutos.

O INKLUDE é um projeto de pesquisa com foco em inovação médica usando software liderado pelo Dr. Iain Stewart, da Universidade Nottingham da Inglaterra, com coordenação clínica da Dra. Letícia Kawano-Dourado, do HCor São Paulo, e coordenação em software de André Ramos, da startup Mindify. Já o Global Challenges Research Fund (GCRF) é um financiamento destinado para inovações disruptivas, isto é, que tenham o genuíno potencial de provocar alto impacto global.

Falando em pulmão, conheça como a Mindify ajuda a combater o COVID-19

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