Farmacêuticas buscam protagonismo além dos medicamentos

 Farmacêuticas buscam protagonismo além dos medicamentos

Sim, a inovação chegou, forte, para além das moléculas nas indústrias farmacêuticas.

Notadamente reconhecidas por investir rios de dinheiro em P&D de produtos farmacêuticos, as indústrias agora reconhecem que também é possível e vantajoso investir em inovações acessórias, isto é, em inovações não necessariamente diretamente destinadas ao desenvolvimento de novas moléculas de medicamentos. Essa é minha leitura depois de participar de vários eventos de indústrias farmacêuticas destinados à temática inovação, sendo o mais recente o fantástico #InnovationDay da GSK.

No dia 27 de novembro de 2018 houve o #InnovationDay da GSK evento destinado à discussão de oportunidades de inovação na Saúde e principalmente para compartilhamento de casos de sucesso de inovação na Saúde.

O dia começou com diversos convidados ilustres apresentando casos de sucesso de inovações usadas para diferenciação em outras Indústrias e terminou com a apresentação de casos de sucesso concretos de inovação na Saúde no Brasil. Ficou claro que existem riscos, mas que quando superados levaram seus patrocinadores a posições de destaque global.

Dentre os casos de sucesso destacaram-se os relatados pelo engenheiro Claudio Terra, Diretor de Inovação do Hospital Israelita Albert Einstein. Segundo José Carlos Felner, Gerente Geral da GSK, Terra foi motivador por provar que é possível fazer inovação de impacto dentro das empresas brasileiras. Ficou claro que mesmo grandes empresas altamente reguladas podem sim inovar. Aproveitando o gancho da apresentação de Terra, Felner reforçou que há oportunidades de inovação em todas as áreas da GSK e instigou seus colaboradores a correrem riscos controlados investindo nas inovações.

Indiscutivelmente inovar tem riscos, porém Felner destacou que a companhia entende que esses riscos podem sim ser enfrentados e superados. Me marcou a humildade de Felner ao publicamente assumir erros pessoais em sua busca pela inovação, erros esses que não o impediram de chegar a um dos cargos mais importantes na companhia, a gerência geral. No meu entendimento esses erros foram decisivos para que Felner se torna-se a pessoa que hoje merece o lugar de destaque em que ocupa.

Outro ponto de destaque foram as startups convidadas, grupo no qual me orgulho de ter feito parte representando a Mindify.

Eric Gallardo, GSK Head of Innovation, selecionou startups complementares capazes de agregar valor à operação da GSK. Dentre as que estavam lá, destaco a VZ.LAB com um case de estímulo à vacinação em crianças com realidade virtual, a MedRoom com um case de educação médica também com realidade virtual, a HelpBell com um case sobre dispensação de medicamentos, a Cuco Health com um case sobre adesão ao tratamento, a Realbotix com um case de assistência ao paciente com robótica e é claro a Mindify com um case de automação de protocolos médicos para diagnóstico precoce usando Inteligência Artificial.

No final do dia colaboradores, parceiros e convidados da GSK saíram do evento com a certeza de que a inovação continuada dá resultados e de que os riscos podem ser mitigados por meio de parcerias, sejam elas com startups e/ou com outras empresas da cadeia de valor da Saúde.

Se há interesse em comum, por que não mitigar os riscos da inovação unindo startups, hospitais, operadoras e indústrias em ações piloto para acelerar diagnósticos precoces ou para fomento à educação médica, por exemplo?

As startups do #InnovationDay GSK demonstram que existem sim tecnologias disruptivas, pessoas capacitadas e motivadas para mudar a Saúde já. Falta pouco, muito pouco, para que a próxima revolução na Saúde mundial venha do Brasil.

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